Preconceitos e estereótipos estão ligados ao processo de formação da identidade pessoal e estão vinculados à identidade social que se forma com o processo de socialização.
Pensando nisso, vamos ver neste artigo o que é um relacionamento homossexual.
Na sociedade contemporânea, existe maior liberdade para expressão de pensamentos e de orientação sexual. Contudo, existem ainda muitas crenças limitantes a respeito.
Em meio a esses dilemas, muitos homossexuais têm medo de assumir sua sexualidade, enquanto outros que assumem podem vir a sofrer repressão.
Continue lendo para saber mais sobre o tema!
Saiba o que é um relacionamento homossexual
Por homossexualidade, entende-se a orientação sexual de uma pessoa que se manifesta como atração sentimental ou sexual por indivíduos do mesmo sexo.
O termo homossexualidade foi introduzido em 1869 pelo médico húngaro de língua alemã Karl Maria Kertbeny, enquanto na década de 20 o termo heterossexualidade foi estabelecido.
A American Psychological Association observa que "orientação sexual refere-se a um padrão ou disposição duradoura para experimentar atração sexual, emocional ou romântica, principalmente por homens, mulheres ou ambos os sexos".
Nesse sentido, a orientação sexual é expressa por identidade heterossexual ou a uma identidade homossexual.
Qual a diferença entre gays e heteros? Existem três distinções:
- Heterossexual: atração sexual e romântica por membros do sexo oposto.
- Homossexual: atração sexual e romântica por membros do mesmo sexo.
- Bissexual: há um grau significativo de atração sexual e romântica por ambos os sexos, homens e mulheres.
Além disso, a orientação sexual se distingue da identidade de gênero, que é o sentimento psicológico de pertencer ao gênero masculino ou feminino.
Como um indivíduo se reconhece como homossexual?
Existem pessoas com orientação homossexual que não se identificam como gays.
Essas pessoas não aceitam sua orientação homossexual ou escondem seus verdadeiros sentimentos e impulsos, por medo da desaprovação dos outros ou por medo de sofrer de alguma forma violência.
Dessa forma, normalmente sentem-se reprimidos, enquanto quem declara abertamente sua orientação homossexual é definido como alguém que “saiu do armário”, uma expressão derivada do idioma norte-americano.
Em geral, “sair do armário” envolve, primeiro, conhecer a si mesmo.
Ou seja, a realização ou decisão de emergir como uma pessoa aberta a relacionamentos como na relação entre dois homens ou entre duas mulheres.
Com isso, existe a decisão de sair do armário na companhia e com apoio de outras pessoas, ao se assumir para amigos e familiares.
Além disso, há quem opta por viver abertamente como uma pessoa da comunidade LGBT.
História da homoafetividade
A homossexualidade, considerada até 50 anos atrás pela comunidade científica ainda como uma psicopatologia, foi definitivamente revista em 1974 no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM) da American Psychiatric Association.
Na versão de 1952 do DSM ainda classificava o homossexualismo entre as "Transtornos de Personalidade Sociopática".
Mas ainda sobreviveu a chamada "homossexualidade egodistônica", que é a condição na qual o homossexual não aceita sua orientação sexual e a vivencia com desconforto.
Essa definição também foi excluída do DSM de 1987. Em 1990, a Organização Mundial da Saúde (OMS) também excluiu a homossexualidade da lista de doenças mentais, chamando-a simplesmente de "uma variante natural do comportamento sexual humano".
De fato, muitas pessoas podem experimentar atração sexual ou sentimental, tanto por pessoas do outro sexo quanto por seu próprio sexo.
Além do mais, comportamentos homo ou bissexuais podem ocorrer por causas sociais, incluindo:
- A homossexualidade situacional que ocorre, por exemplo, em comunidades de um só sexo, como prisões.
- Homossexualidade “adolescente” ou “transitória”, que se manifesta durante a fase normal de desenvolvimento da identidade sexual com comportamentos homossexuais na infância e adolescência.
- Comportamentos homossexuais em contexto de prostituição.
A orientação sexual é inata ou pode ser alterada?
1 - A idéia de querer “converter” o homossexual para hetero
Segundo especialistas, o desenvolvimento da identidade sexual de lésbicas, gays e bissexuais é um processo complexo e muitas vezes difícil.
A American Psychiatric Association afirma ainda que algumas pessoas acreditam que a orientação sexual é inata e estável. Porém, a orientação sexual se desenvolve ao longo da vida de uma pessoa.
“Para algumas pessoas, a orientação sexual é contínua e estável em sua vida. Para outras, a orientação sexual pode ser fluida e mudar com o tempo”, ressalta a instituição.
No campo terapêutico, a American Psychological Association incentiva os profissionais de saúde mental a desmascarar a ideia deturpada das tentativas de mudança de orientação sexual.
E conclui que os benefícios relatados podem ser alcançados por meio de abordagens que não busquem mudar a orientação sexual.
2 - Homossexualismo não é doença mental
Por sua vez, a Australian Psychological Society reforça que a orientação homossexual não é uma doença mental e não há razões científicas para tentar uma conversão lésbica ou gay para uma orientação heterossexual.
Querer mudar a orientação sexual de uma pessoa não é simplesmente uma questão de mudar seu comportamento sexual.
Seria necessário mudar os sentimentos emocionais, românticos e sexuais da pessoa e a reconstrução da concepção de si mesmo e da identidade social.
Da mesma forma, o Royal College of Psychiatrists afirma que não há evidências científicas de que a orientação sexual possa ser alterada.
De acordo com a instituição, a maior evidência da eficácia de qualquer tratamento vem de ensaios clínicos aleatórios.
3 - Desconforto ou culpa
Portanto, no campo terapêutico, não se deve intervir para tentar "mudar" a tendência homossexual. Mas, sim, orientar sujeitos que vivem sua orientação homossexual ou heterossexual com desconforto ou culpa.
Nesses casos, procura-se harmonizar os elementos destoantes da personalidade, juntamente um caminho de apoio que lhe permita compreender e superar a dificuldade em aceitar a sua orientação sexual e vivê-la com serenidade.
Espero que esse artigo possa te ajudar a entender um pouco mais sobre o que é um relacionamento sexual. Por favor compartilhe com os amigos.